sábado, 29 de agosto de 2009

PROFISSÃO: NADA

Depois de uma discussão ferrenha sobre o assunto, resolvi falar mais uma vez sobre uma coisa que me incomoda muito: A paixão nacional pelo futebol.
Tá certo que ninguém concorda com metade das coisas que penso com relação a esta "profissão", que a meu ver não traz retorno algum (pelo mens nenhum que realmente valha a pena) à sociedade.
Não que eu não concorde que a prática desportiva traga inúmeros benefícios à saúde e que deva ser estimulada nas escolas e até mesmo nas empresas socialmente responsáveis. O que eu não acho certo é a supervalorização que dão ao esporte enquanto profissão. É um errro absurdo pensar que um jogador de futebol deva receber mais pelos seus "serviços", do que um médico.
Lembrei que na última copa do mundo, em 2006, eu já morava em Pelotas e, em função de uma partida que ocorreria entre Brasil e sei lá que outro país, saí mais cedo do trabalho (confesso que esta parte nem foi tão ruim assim). Pensando na tarde livre que teria pela frente, pensei em passar em um supermercado para comprar alguma coisa para comer e depois tirar aquela soneca. Chegando ao mercado todos estavam afoitos, tanto os clientes, ansiosos por chegarem logo em casa para assistir a partida, quanto os prórpios funcionários, ansiosos por fecharem o estabelecimento a tempo de não perder a peleia. Até parece que ganhariam alguma coisa se a seleção brasileira ganhasse a copa, a menos que alguém ali vendesse materiais esportivos. Chegando em casa, fechei todas as janelas e sonhei com uma soneca. O sonho não passou de um pesadelo, tanto que resolvi desistir tamanho alvoroço que tomava conta do prédio inteiro.
E ainda tem quem tente me convencer de que a "profissão" é tão importante quanto a de um músico, ator, pintor ou qualquer outro artista. Também concordo que o trabalho de alguns destes profissionais seja valorizado em excesso, mas também concordo que quando assisto a um filme, estou aprendendo algo sobre determinada cultura ou determinado comportamento, e que o mesmo ocorre quando ouço uma música (por pior que ela seja, sempre demonstra as formas de pensar de um meio pessoal). O mesmo ocorre quando compramos uma obra de arte. Ao adquirir aquele bem estamos tentando valorizar algum ambiente, ou, no mínimo, estamos "levando algo pra casa".
E quando assistimos a uma partida de futebol, ou de vôlei, seja lá do que for. O que ganhamos com isso? Quais são as consequências que uma partida de um jogo qualquer traz à sua vida, além de uma dor de gargfanta infernal? Não responda se você trabalhar com o comércio de artigos esportivos e alimentar esta ilusão!
Repito mais uma vez que concordo com as "peladas" de final de semana, ou com qualquer outra prática desportiva que traga qualidade de vida aos profissionais da área da saúde, da educação, da comunicação, enfim, de profissionais que prestam algum serviço à sociedade e que não recebam salários exorbitantes para apenas correrem atrás de uma bola.

Um comentário:

  1. oiiii dai.
    concordo com a maioria das coisas que escreveste. e é claro que acho realmente que a "profissão" jogador de futebol é realmente super valorizada, eu até estou pensando em pegar um jogador como exemplo e ver quanto ele ganha e previsão de aposentadoria para ver no final das contas como é a valorização real.
    Mas o que para mim é importante é paixão pelo futebol, eu como tu sabe sou realmente apaixonada pelo futebol, pelo meu time cresci assim sempre colorada , como se desde pequena eu preenchesse um questionário pessoal no qual o time é uma das opções mais importantes que constavam ali e no fim do balaço de vida que faço aos 23 anos de idade é que meu time é mesmo importante na minha vida ... então o que me faz igual aos demais no teu post é a paixão e são várias as razões , mas sei que essas são inúteis para ti...a paixão pelo inter , pelo vermelho que domina em mim ... enfim paixão pelo futebol...todo país tem a sua!

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